Nossa Senhora Rosa Mística
é o título atribuído à
Virgem Maria, mãe de Jesus, a partir das suas
inúmeras aparições, decorridas entre 1947 e 1984, nas localidades de Montichiari
e Fontanelle,
na Itália,
à vidente Pierina Gilli. De acordo com os relatos, a Santíssima
Virgem teria aparecido vestida de branco, primeiramente com três espadas
cravadas no peito e depois com três rosas substituindo as espadas: uma rosa era
branca, simbolizando a oração; outra rosa era vermelha, simbolizando o
sacrifício; e a outra rosa era amarela, simbolizando a penitência. O principal
tema abordado por Nossa Senhora nestas aparições foi as vocações sacerdotais
e religiosas, e a necessidade de oração para que os
religiosos do mundo inteiro possam cumprir a sua missão evangelizadora e que
sejam, de fato, instrumentos do amor de Deus.
No seguimento das
aparições decorridas na Itália, as quais já contam com aprovação do bispo para
o culto e celebrações no local, vários outros relatos de aparições surgiram
noutros locais do mundo, em particular no Brasil. Em 13 de junho de 1947,
um domingo, a Senhora voltou de manhã cedo. Desta vez estava vestida de branco
e, em vez das três espadas, trazia três rosas — branca, vermelha e amarela.
Pierina pediu: “Diga-me quem você é”. A Senhora sorriu: “Sou a Mãe de Jesus e a Mãe de
todos vocês”. Em seguida, a Senhora deu extensas instruções a respeito de novas
devoções a ela e novos arranjos para ordens religiosas e sacerdotes. Ela queria
que o dia 13 de cada mês fosse celebrado como dia de Maria e, nesse dia, ela
daria aos que a reverenciassem “uma superabundância de graças e grande
santidade”. Desejava que o dia 13 de cada mês fosse celebrado em honra da “Rosa
Mística”. Ela explicou o
significado das espadas que lhe atravessavam o seio na primeira aparição:
primeira espada: perda da vocação de um sacerdote ou monge; segunda espada:
sacerdotes, monges e freiras que viviam em pecado mortal; terceira espada:
sacerdotes e monges que cometem a traição de Judas, que, quando abandonam a
vocação, também perdem a fé e a bem-aventurança eterna e se tornam inimigos da
Igreja.
A Senhora explicou o significado das três rosas: a
branca significava o espírito de oração; a vermelha, o espírito de reparação e
sacrifício; a amarela, o espírito de penitência.
A terceira aparição ocorreu em 22 de outubro de
1947; nela, a Senhora declarou: “Cansado das contínuas ofensas, meu divino
Filho queria agir conforme sua justiça. Por isso coloquei-me como medianeira
entre ele e a raça humana, em especial pelas almas consagradas”.
A quarta aparição foi na igreja paroquial em 16 de
novembro. Havia algumas outras pessoas presentes que, ou viram a aparição, ou
viram Pierina entrar em leve êxtase. “Nosso Senhor, meu divino Filho, está
cansado das muitas ofensas, das graves ofensas, dos pecados contra a pureza”,
disse a Senhora. Depois de uma pausa, continuou: “Ele quer enviar dilúvio ou
castigo. Intercedi. Peço ardentemente aos sacerdotes que advirtam o povo com
amor, para que esses pecados não voltem a ser cometidos”. Seguiram-se mais três
aparições.
Nesse ínterim, muita gente ficou sabendo das
aparições. Uma família trouxe à igreja um menino de 5 anos que tinha
poliomielite e não ficava de pé nem andava. Outra família trouxe a filha,
mulher de 26 anos que desde os 12 sofria de grave tuberculose e não conseguia
falar. Ambos foram curados no mesmo instante. O menino voltou para casa
andando. A mulher falou e já não tinha tuberculose.
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