Jejum,
Esmola e oração.
O
sentido do tempo litúrgico da Quaresma está concentrado na penitência como
mortificação pessoal e alimento da vida espiritual em três dimensões: o jejum, a oração e a esmola. Essas três
dimensões estão inseparavelmente ligadas entre si, pois o jejum é a atitude de
abstenção de alimentos para a descoberta do alimento espiritual da Palavra de
Deus e do Pão da Vida, o que só é possível se estiver vinculado à oração. A
esmola parece como consequência do jejum e da oração, pela qual a pessoa se doa
aos excluídos, manifestando seu espírito caridoso, desprendido e generoso.
Assim,
recorda as respostas de Jesus a cada tentação que sofreu no deserto. O jejum
mostra que não só de pão vive o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de
Deus. A esmola e a oração vivificam o agir sob a graça de Deus. Por isso, o
cristão adorará somente a Deus e a nenhum outro prestará culto: “Ó Deus, fonte
de toda misericórdia e de toda bondade, vós nos indicastes o jejum, a esmola e
a oração como remédio contra o pecado. Acolhei esta confissão de nossa fraqueza
para que, humilhados pela consciência de nossas faltas, sejamos confortados
pela vossa misericórdia” (Oração do dia do 3º domingo da Quaresma).